Abril Laranja faz campanha para acabar com maus tratos em animais4 min de leitura

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Em apoio a ação, Pet Model Brasil explica condições e regras para preservar a saúde física e mental de animais em produções audiovisuais

 

Cães, gatos, animais exóticos, aves, entre outros pets, precisam de condições excelentes de trabalho para poder participar de produções publicitárias. Quase igual ao trabalho com humanos, cada animal exige um cuidado especial e algumas regras de conduta devem ser seguidas para preservar a saúde física e mental de cada pet modelo.

Em apoio a Abril Laranja, campanha contra os maus tratos de animais, a Pet Model Brasil, agência de modelos com mais de 1 mil pets cadastrados no país, explica as condições para uma produção publicitária ser realizada e a análise que a agência faz para avaliar as circunstâncias de cada job. “Por conhecer as condições de trabalhos em sets de filmagem, somos muito cuidadosos e preocupados com o bem-estar do animal. Acompanhamos todos os detalhes do job, garantindo que nada, em nenhum momento, prejudique o pet”, afirma a diretora da Pet Model Brasil, Deborah Zeigelboim.

Logo no início, quando uma proposta de trabalho é enviada para agência por uma produtora audiovisual, o briefing e o roteiro começam a ser estudados. Neste momento, a agência analisa o contexto da produção e verifica diversos pontos importantes para a campanha ser aprovada, como: quanto tempo o animal deve ficar em cena, qual o local e as condições do set e com quantas pessoas o pet precisaria contracenar.

“Comparamos a proposta recebida com nossa cartilha de conduta feita separadamente para cada espécie. Se algo não vai de acordo com o que pensamos ou que coloque o bem-estar do pet em risco, recusamos o job. Caso contrário, damos continuidade ao processo e vamos procurar o modelo ideal para aquela campanha”, explica Deborah.

Como a produtora sempre solicita um perfil de animal de acordo com os comandos básicos, intermediários ou avançados que ele vai precisar atender durante a produção, a agência faz outras duas fases de análise: encontrar o modelo que se encaixe na proposta e conversar com o tutor do selecionado para explicar o projeto e esclarecer as dúvidas.

Após aprovação da agência e dos tutores, os pets estão prontos para a gravação. A produtora recebe a cartilha de conduta com todas as indicações e condições necessárias para a participação do animal no trabalho. “Nós monitoramos o pet durante toda a gravação ou sessão de fotos, que também terá seu responsável ou adestrador juntos. Desta forma, o pet terá auxilio nos comandos e garantias que não se estresse ou fique cansado”, afirma Deborah.

Outra exigência da agência é quanto aos horários para as produções, uma vez que o pet precisa estar concentrado para ter um bom desempenho. Por exemplo, um cão não pode ultrapassar o período de seis horas em produção, nem aguardar mais de 60 minutos para começar a gravação. Para não se distrair, o pet precisa ficar separado de outros possíveis animais, ter um local separado no estúdio para trocas de figurino ou pausas e chegar um pouco antes para se ambientar.

Muitas vezes, quando o projeto desvia do programado, não atendendo mais aos cuidados exigidos pela Pet Model Brasil, a agência precisa intervir e parar com a produção. “Fizemos isso em um determinado job em que a ave selecionada não estava em segurança, ou seja, a partir do momento em que a saúde física ou mental do animal passa a ser prejudicada, conversamos com os responsáveis e suspendemos as gravações. Estamos atentos a qualquer situação possível de maus tratos. É inviável que qualquer animal esteja em perigo”, ressalta Deborah.

 “Uma produção sem maus tratos é aquela que respeita o animal como ser vivo. Ele está ali para realizar os comandos solicitados, mas continua sendo indefeso e precisa de uma atenção especial, principalmente nossa como agência e responsável. Prezamos pelas boas condições sempre”, conclui Deborah.

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