sábado, abril 20, 2024

Diabetes em animais de estimação é mais comum do que se imagina3 min de leitura

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Diabetes em animais de estimação é mais comum do que se imagina

Diabetes, ou Diabetes Melitus, é uma doença comum em cães e gatos.

Sua incidência entre essa população tem aumentado cada vez mais e, por isso, a atenção dos tutores deve ser redobrada

 

A diabetes ocorre por uma falha na produção de insulina, um hormônio gerado no pâncreas que é responsável por processar a glicose que entra no sangue. A consequência é impossibilidade do organismo processar, da forma certa, a glicose e outros compostos orgânicos presentes nos alimentos e necessários para garantir a reprodução saudável das células e a obtenção de energia.

Os cães, independentemente da raça, são suscetíveis à diabetes – sendo mais comum entre cães de meia idade, idosos e cadelas. Os gatos também estão sujeitos a desenvolverem a doença, entretanto, a sua incidência é maior entre os machos castrados. 

A manifestação da diabetes em animais é bem parecida com a dos humanos e exige cuidados e tratamentos específicos. A doença é caracterizada por dois tipos: 

Tipo 1: (Dependente de Insulina): ocorre quando o próprio organismo se responsabiliza por destruir os depósitos onde produz a insulina. Os cães apresentam, na maioria dos casos, a Diabetes tipo 1;

Tipo 2: O pâncreas consegue liberar insulina, mas o organismo resiste a ela, não permitindo ao  hormônio exercer suas funções corretamente. Este é o tipo mais frequente nos gatos.

O sintoma mais comum é a poliúria, ou excesso de urina, pois os rins não conseguem mais absorver a glicose e o animal passa a urinar mais que o normal. Outra característica dos pets com diabetes é a maior ingestão de água e em casos mais extremos, o animal pode apresentar muito cansaço e fadiga.

Para obter sucesso no tratamento é imprescindível que o tutor compreenda suas responsabilidades. Investir tempo suficiente em uma explicação cuidadosa da terapia é altamente recomendável. A terapia com uma insulina idêntica a insulina canina é recomendada e constitui um dos pilares do tratamento do diabetes, mas a dieta e o estilo de vida (incluindo exercício) também influenciam no controle glicêmico.

O tratamento da diabetes pode ser dividido em duas etapas:

Estabilização: É determinada a dose correta de insulina e uma rotina diária adequada para o animal de estimação.

Manutenção: O pet é monitorado regularmente para acompanhar a evolução da sua diabetes para determinar as mudanças necessárias em seus requisitos de insulina. 

“A meta do tratamento da diabetes é minimizar os sinais clínicos da doença, o risco de hipoglicemia e o desenvolvimento de complicações em longo prazo”, afirma Daniela Baccarin, médica veterinária, associada da Comac (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal) e gerente de Produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal.

Os sintomas associados à diabetes são diversos, mas o mais importante é observar qualquer alteração de comportamento do animal. Ao menor sinal de que algo vai errado, leve-o imediatamente ao médico veterinário. Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais chances de sucesso terá o tratamento.

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