Educação e paciência, um ato de amor3 min de leitura

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Veterinária sugere 4 dicas para educar os pets de forma positiva

 

Muitas pessoas ainda acreditam que a única forma de educar um animal é através de punições ou castigos, pensando que essa abordagem seja eficaz para corrigir comportamentos indesejados. No entanto, estudos comprovam que práticas punitivas podem trazer mais malefícios do que benefícios, causando traumas psicológicos e até piorando o comportamento do animal. Quando o pet é exposto a situações de medo ou desconforto, ele pode reagir com agressividade, ansiedade ou até desenvolver fobias. É nesse cenário que surge o adestramento positivo, uma técnica que visa educar os animais com carinho e respeito. 

Essa forma de ensino baseia-se no reforço de comportamentos desejados por meio de recompensas, sejam petiscos, carinhos ou brinquedos. Esse método fortalece o vínculo entre tutor e pet, pois é uma forma de comunicação que promove respeito, confiança e empatia. Monique Rodrigues, veterinária e fundadora da Clinicão – rede de clínicas veterinárias -, sugere quatro dicas para adestrar seu animal de estimação, com o intuito de promover o bem-estar emocional do pet e do ambiente em que vive. 

 

  1. Paciência e respeito ao animal 

Rodrigues explica que cada pet tem seu próprio ritmo de aprendizado. Por isso, é necessário investir tempo e cuidado especiais com o bichinho. Logo, não se frustre se ele demorar um pouco para aprender um novo comando. Evite forçar ou punir caso ele não entenda de imediato. Em vez disso, repita as lições de forma calma e paciente, respeitando o tempo de resposta do seu animal. 

 

  1. Reforço dos comportamentos com recompensa 

Embora pareça uma prática simples, recompensar o pet com mimos é uma das bases mais importantes do adestramento positivo. O ato de oferecer uma recompensa ajuda o animal a associar o comportamento desejado com algo prazeroso, o que facilita o aprendizado. Essas recompensas podem variar, dependendo da preferência do animal – para alguns, um petisco é irresistível; outros podem preferir um carinho, palavras de incentivo com um tom alegre ou até brincar com um brinquedo favorito. O segredo é entender o que motiva seu pet e usar isso ao seu favor. 

 

  1. Ignore os Comportamentos Indesejados

No adestramento positivo, o foco está em reforçar os comportamentos bons, e não em punir os maus. Monique recomenda que caso o pet faça algo indesejado, evite a punição. Em vez disso, não dê atenção ao comportamento. Quando o tutor ignora atitudes como pular nas visitas, latir excessivamente ou morder objetos, o animal aprende que essas ações não resultam em atenção, carinho ou qualquer tipo de resposta por parte do tutor. Como muitos animais buscam naturalmente a interação e o reconhecimento, a ausência de uma resposta se torna uma espécie de “consequência” para eles, fazendo com que percam o interesse em repetir essas atitudes. 

 

  1. Comandos simples e consistentes

A consistência é um dos pilares do adestramento positivo. Para que o pet assimile os comandos de forma clara, é essencial que todos na casa utilizem as mesmas palavras e o mesmo tom de voz ao interagir com ele. Se uma pessoa disser “senta” e outra falar “sente-se”, o animal pode não entender que se trata do mesmo comando, o que pode gerar confusão e atrasar o processo de aprendizado. Além disso, a tonalidade da voz é uma parte importante da comunicação com o bichinho; um tom claro e firme, mas ao mesmo tempo calmo, ajuda o animal a entender que o comando é sério, mas sem causar medo ou ansiedade.

 

Cada pet tem seu próprio ritmo de aprendizado. A simplicidade e a consistência nas interações são pequenas atitudes que, somadas, constroem uma comunicação mais eficiente, clara e harmoniosa entre tutor e animal.