Com um novo caso confirmado na segunda-feira (19) em cisnes silvestres no Rio Grande do Sul, o vírus da gripe aviária (H5N1) segue sendo monitorado no Brasil. Há investigações em andamento em Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, Ceará e Sergipe. Embora afete principalmente aves, o vírus pode, ainda que raramente, atingir cães e gatos – especialmente em situações de contato direto com animais infectados ou ambientes contaminados.
A professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Aline Ambrogi, orienta os tutores. “Apesar de ser primariamente associada a aves, há registros raros de infecção em mamíferos, como cães e gatos. Algumas cepas mutantes e altamente patogênicas já mostraram capacidade de infectar pets, especialmente após contato com aves doentes ou seus excrementos. Em gatos, por exemplo, já houve casos com sintomas respiratórios e gastrointestinais após ingestão de aves doentes.”
O que os tutores devem fazer?
Aline reforça que, apesar de o risco ser baixo em animais domésticos saudáveis e sem exposição direta, a atenção contínua é essencial. “A vigilância é fundamental para prevenir possíveis transmissões e monitorar a evolução das variantes virais”.
A médica-veterinária destaca 5 recomendações:
1. Impedir que cães e gatos tenham acesso a aves doentes ou mortas;
2. Evitar levar os pets a locais com possível contaminação, como criações com surtos;
3. Redobrar a higiene após o manuseio de aves, mesmo as domésticas;
4. Observar sinais clínicos respiratórios ou digestivos em animais que possam ter tido contato com aves;
5. Buscar orientação veterinária ao menor sinal de alteração na saúde do pet.