Quais os riscos da obesidade para os cães?4 min de leitura

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Excesso de peso afeta a qualidade de vida dos animais e pode favorecer o desenvolvimento de doenças

A obesidade é um problema crescente na população pet. De acordo com pesquisas recentes, no Brasil, 25% a 40% dos animais estão com sobrepeso ou obesos. Comumente os cães adultos são os que mais sofrem com a patologia.

“A incidência de problemas relacionados ao excesso de peso entre os animais domésticos é cada vez maior. Por isso, é importante reforçar que a obesidade é um fator de risco para os cães, que pode estimular o surgimento de doenças cardíacas, diabetes, problemas respiratório e articulares, entre outros”, explica a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal, Priscila Brabec.

As razões para os “quilinhos extras” são variadas, desde a falta de exercício, doenças endócrinas, até o excesso de alimentação. “Uma série de fatores podem estimular o ganho de peso, mas sem dúvida os maus hábitos alimentares associados ao sedentarismo costumam ser as causas mais comuns. Pois, assim como acontece com os humanos, o ganho de peso dos pets ocorre a partir do desequilíbrio entre o consumo e o gasto de energia. Ou seja, o cão que come em excesso e não se exercita tem mais chances de acumular gordura no organismo”, detalha Priscila.

Algumas raças precisam de atenção redobrada com a alimentação, pois apresentam uma predisposição que facilita o ganho de peso, como por exemplo, Labrador, Rottweiler, Basset Hound, Beagle,Pug,Shih Tzu e Boxer.

“Independentemente da raça, estabelecer uma rotina de exercícios físicos, oferecer uma alimentação balanceada e fazer visitas periódicas ao veterinário são medidas fundamentais para evitar a obesidade nos cães e as consequências que ela pode causar”, afirma Priscila.

Os primeiros sinais de alerta para o excesso de peso podem ser notados pelo tutor. Comumente, os animais perdem a definição da cintura e ao tocá-los é difícil sentir suas costelas. Além disso, os cães costumam apresentar fadiga e menos disposição para realização de passeios e brincadeiras.

Para conscientizar os tutores sobre os riscos da obesidade, a médica-veterinária listou os seis problemas que podem ser acarretados pelo excesso de peso. Confira:

Dificuldade respiratória:
Os cães obesos podem apresentar alterações respiratórias, entre os sinais clássicos estão respiração curta e rápida, falta de ar e ruídos respiratórios. No caso dos cães braquicefálicos, que são aqueles com o focinho achatado, os impactos da dificuldade respiratória são ainda maiores.

Doenças cardiovasculares:
As células de gordura estimulam a produção de substâncias inflamatórias no organismo do pet que se alojam nos vasos sanguíneos, dificultando a passagem de sangue e favorecendo o surgimento de problemas cardíacos. A doença pode se manifestar de forma silenciosa, por isso é preciso atenção redobrada caso o animal apresente sinais como: intolerância a exercícios, falta de energia, diminuição do apetite e emagrecimento. Nesses casos é imprescindível levar o animal para uma consulta com o médico-veterinário.

Doenças endocrinológicas
Em muitos casos o ganho de peso pode estimular o surgimento de patologias como a diabetes, onde ocorre a deficiência parcial ou absoluta de insulina (produzida pelo pâncreas), levando ao aumento da concentração de açúcar no sangue, ou  ahiperlipidemia que é caracterizada pelo o aumento do nível de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue do pet. Ambas são patologias que afetam a qualidade de vida do cão e que precisam de tratamento prolongado.

Problemas articulares:
Além de desconforto e dor, o aumento da tensão nas articulações causado pelo excesso de peso pode estimular o aparecimento doenças como a osteoartrite canina que é uma doença degenerativa que atinge as articulações, sendo a causa mais comum de dor crônica nos cães.

Estresse térmico
Os animais obesos tem mais dificuldade em regular sua temperatura corporal e dificuldade na respiração. Com isso, o pet sente maior desconforto nos dias quentes.

Queda de imunidade
A gordura estimula a inflamação crônica do corpo e a liberação de radicais livres no organismo, o que estimula a diminuição da imunidade e pode deixar o animais mais susceptível ao desenvolvimento de doenças.

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