TORÇÃO GÁSTRICA EM CÃES: SINTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO
Com causas primárias ainda desconhecidas, a torção gástrica é um problema sério que atinge, principalmente, os cães de grande porte, podendo, ainda, acometer cachorros pequenos em casos muito raros. Tendo a alimentação feita de maneira errada e exagerada como principal desencadeador, a torção gástrica canina é fatal em cerca de 60% dos casos tratados tardiamente, o que pode levar o animal ao óbito dentro de poucas horas (6 a 12 horas).
“Pode ser ocasionado pela excessiva ingestão de alimentos ou água, fazendo com que o estômago dilate e gire sobre o seu eixo, especialmente em cães que ficam muito agitados após se alimentarem”, explica o médico veterinário da Max (Total Alimentos), Marcello Machado.
A doença ocorre por meio da dilatação do estômago, seguida da torção desse órgão sobre si mesmo, levando à intensificação da fermentação e aprisionamento de gás e alimento em seu interior.
“Quando o proprietário perceber algum desses sintomas, deve procurar ajuda profissional imediatamente”, orienta Marcello.
PRINCIPAIS SINTOMAS
- Inquietação;
- Náuseas;
- Ânsia de vômito não produtiva;
- Angustia respiratória;
- Extrema sensibilidade na região abdominal;
- Palidez da gengiva;
- Aumento de volume crescente do abdômen, decorrente da fermentação do alimento e formação de gases;
- Sialorreia (saliva que flui para fora da boca).
TRATAMENTO
É realizado pelo médico veterinário, que irá introduzir uma sonda através da boca do animal até o estômago, se a sonda não chegar até o estômago, será confirmado o diagnóstico da doença.
O tratamento inicial consiste na descompressão do estômago através de intubação ou agulha, além de monitoramento do paciente até a estabilização completa.
A cirurgia de fixação do estômago na parede abdominal (gastropexia), é desejável para reposicionar o órgão em sua posição anatômica normal, prevenindo recidivas.
PREVENÇÃO
- Fracionar a qualidade de alimento
- Oferecer um alimento rico em fibras
- Evitar rações com elevadas taxas de fermentação.
- Não permitir que o cão ingira muita água de uma vez, inclusive durantes as refeições, e exercícios (como pular e correr), após consumir o alimento