Utilizando recursos naturais e técnicas que não têm contra-indicações para tratar dos pets, a musicoterapia e outras técnicas ganham espaço nas clínicas veterinárias; especialista em comportamento animal Cleber Santos, da ComportPet, lista algumas delas e comenta os principais benefícios
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São Paulo, março de 2019 – As terapias alternativas têm ajudado a tratar e amenizar as dores de muitos cães e gatos. A busca por esses métodos em clínicas veterinárias está cada vez mais alta, por isso cada vez mais veterinários procuram se especializar e indicar esses tratamentos aos animais. Na busca por soluções naturais e menos invasivas para cuidar dos seus cães, os tutores estão apostando em terapias alternativas – como a musicoterapia, os florais e o shiatsu.
Essas técnicas podem fazer muito bem para a saúde do animal, visto que ajudam a fortalecer o sistema imunológico, relaxam, promovem bem-estar e mantêm o organismo funcionando em equilíbrio. “O principal benefício é não oferecer nenhum tipo de efeito colateral aos cães. Essas técnicas podem ser usadas como terapias complementares para curar o animal de uma enfermidade, por exemplo”, explica o especialista em comportamento animal Cleber Santos, da ComportPet,
Além de auxiliar no tratamento de diversas doenças, alguns desses tratamentos – como a musicoterapia – são indicados também para cães agitados, estressados ou agressivos. “É fundamental que, antes de qualquer método ser aplicados no animal, o tutor procure um veterinário e um especialista em comportamento animal, para que tracem um diagnóstico conjunto e indique os tipos de terapias que serão mais benéficas para aquele cão”, explica Cleber.
Saiba mais sobre algumas técnicas:
Musicoterapia
O método usa a música e diversos elementos sonoros – melodias, ritmos e harmonias- para promover mudanças positivas nos pets. “Através de sessões da técnica de musicoterapia, é possível diminuir o nível de estresse do animal, fazendo com que ele relaxe e responda melhor a um tratamento no processo de cura de uma doença, por exemplo.
Cleber explica que não há contra-indicações, embora possa ocorrer uma piora no comportamento do pet, se o tipo de música utilizada não for adequada. “O ritmo das músicas depende da necessidade de cada bichinho. Normalmente são músicas com violinos, violão e piano. Beethoven, por exemplo, costuma ser indicado para acalmar cães agitados”, conta.
As sessões de musicoterapia devem ser indicadas e realizadas por um profissional. Em um tratamento a longo prazo, podem ser ensinados alguns exercícios para o tutor fazer em casa com o cão, para complementar as sessões.
Florais
Essa técnica ajuda os animais em questões ligadas ao comportamento. “O tratamento, que é baseado na essência das flores, é muito usado para auxiliar os cães a equilibrarem suas emoções e atingirem maior bem estar”, explica Cleber.
A terapia pode ser aplicada, por exemplo, para acalmar cães hiperativos, auxiliar no tratamento da depressão, ou fazer com que os latidos em excesso diminuam. “A terapia floral não tem contraindicações, é um tratamento suave e não causa nenhum mal ao animal”, complementa o especialista.
Acupuntura
Essa técnica milenar chinesa consiste na aplicação de agulhas na pele dos animais. As agulhas causam estímulos no corpo, levando ao controle ou à cura de certas doenças. “O grande auxílio com esse método pode ser dado aos pets que sofrem com problemas respiratórios, doenças dermatológicas, neurológicas, do sistema reprodutivo, musculares ou relacionados à estrutura óssea”, indica Cleber.
Shiatsu
Original do Oriente, pressiona pontos energéticos vitais, estimulando os órgãos internos associados à eles. “Assim como a técnica aplicada em humanos, o método é baseado na pressão dos pontos, trazendo benefícios para os cães em casos de estresse, ansiedade e agressividade. Também é útil em casos de lesões musculares, problemas respiratórios e outros desequilíbrios na saúde do cão”, diz.
Reiki
Esse método é descrito como cura natural por canalização de energia vital. Através das mãos do especialista, o objetivo é restabelecer o equilíbrio físico, mental e emocional do pet. “Pode aliviar dores, atenuar efeitos colaterais de outros tratamentos e promover conforto emocional para o cão”, finaliza Cleber.