Assim como os seres humanos, os cães e os gatos sofrem com algumas doenças do coração que nos são familiares.
Um órgão que merece atenção
O coração recebe o sangue e encaminha para os pulmões para ser oxigenado. Depois, o sangue retorna ao coração e é enviado para o resto do corpo.
É por meio da circulação sanguínea que os nutrientes e outras substâncias importantes são conduzidos e mantém o corpo funcionando corretamente.
Por isso, não é difícil entender que se trata de um órgão vital e merece ter toda nossa atenção. Um em cada dez cães desenvolvem doenças no coração em algum momento da vida. Entre os pets idosos, essas enfermidades são a terceira maior causa de morte, afirma a Dra. Gabriela Sciulli, veterinária cardiologista do Vet Quality Centro Veterinário 24h.
O que significa ter uma doença cardíaca?
Também conhecida como cardiopatia, a doença cardíaca ocorre pela predisposição de algumas raças, idade e mau funcionamento do órgão. Entre esses fatores, a idade é ainda o maior causador. Por isso, se um pet é idoso, a atenção deve ser dobrada.
Alguns tipos de doenças cardíacas surgem logo após o nascimento do pet. Elas são chamadas de cardiopatias congênitas e podem ser de origem genética.
As complicações desse tipo de enfermidade podem refletir em outras partes do corpo, causando distúrbios que podem ser leves ou mais graves. Sempre que tem um problema no coração, o sangue circula com mais dificuldade e gera um efeito dominó.
Quais são as raças que podem desenvolver cardiopatia?
As doenças do coração em animais não escolhem um grupo certo para atacar. No entanto, algumas raças são mais propensas a desenvolver alguma cardiopatia. É o caso Poodle, Boxer, Bulldog, Dobermann, Cocker e Rottweiler, por exemplo.
Raças de pequeno porte, como Yorkshire, Pinscher, Maltes, Pequinês, Chihuahua, Dachshound, Fox, Teckel, Lulu da Pomerânia, Whippet, Beagle, Cavalier King Charles Spaniel, Cairn Terrier, podem desenvolver endocardiose, doença degenerativa crônica que atinge a válvula do coração em pequenos animais idosos.
Raças como Doberman, Irish Wolfhound, Dog alemão, Boxer, São Bernardo, Afghan Hound,e Old English Sheepdog podem desenvolver cardiomiopatia dilatada, doença cardíaca crônica que surge por causa do enfraquecimento do músculo cardíaco.
Assim como nos cães, as doenças cardíacas podem afetar qualquer gato. Mas, se seu amigo pertencer a raças como Persas, Siameses, Maine Coon e Sphynx, a atenção deve ser maior.
Principais sinais de doença cardíaca em cães e gatos
Os sinais de que algo não vai bem podem ser percebidos se você estiver atento às mudanças de comportamento do pet.
Vômitos: Pode vomitar porque a pressão sanguínea alterada devido ao problema cardíaco interfere nos órgãos responsáveis pela digestão.
Fraqueza: Os cães são mais ativos que os gatos e isso vai ser percebido com mais facilidade. Mas, apesar dos felinos gostarem muito de dormir, deve-se perceber outras atitudes, como diminuição das brincadeiras.
Dificuldade para Respirar: O animal sente dificuldade de respirar, se cansa facilmente ou respira de forma ofegante.
Além desses sintomas, deve-se atenção em caso de emagrecimento sem causa aparente, tossir com frequência, apresentar inchaço abdominal e palidez nas gengivas.
Cardiopatias mais comuns em cães e gatos
Hipertensão Arterial: Seu diagnóstico é feito por meio da aferição da pressão arterial nas consultas de rotina.
Cardiomiopatia Hipertrófica: A musculatura do coração se hipertrofia e diminui o espaço interno das cavidades cardíacas, o que impede o fluxo sanguíneo. Essa doença é comum em gatos das raças Maine Coon e Persa.
Doença Degenerativa Valvar Mitral: Doença mais comum na cardiologia veterinária, trata-se de uma degeneração das válvulas do coração.
Cardiomiopatia Dilatada: As câmaras cardíacas se dilatam e faz com que o coração não se contraia corretamente. Esse tipo de cardiopatia é muito comum em cães da raça Boxer.
Dirofilariose: Doença parasitária transmitida por meio da picada de um mosquito infectado. Vermes se instalam no coração do pet e obstruem a passagem do sangue para o corpo. Mais comum em cães que frequentam praias.
Diagnóstico e tratamentos
O médico veterinário é capacitado para dar o diagnóstico correto da cardiopatia. Com o auxílio de exames, como ecocardiograma, eletrocardiograma e holter, ele é capaz de identificar a doença e o nível em que ela está.
O tratamento vai depender do tipo de cardiopatia. Seu amigo pode tomar remédios por um determinado período, ou para o resto da vida. Além disso, existem dietas especiais para animais cardiopatas. Alguns casos requerem intervenção cirúrgica.
A Vet Quality conta com uma equipe especializada em cardiologia veterinária amplamente preparada para cuidar de cães e gatos, seja na prevenção ou no tratamento adequado para qualquer tipo de complicação cardíaca.
Prevenir e cuidar
Apesar de alguns tipos de cardiopatia não estarem relacionados ao cuidado e à prevenção, é importante levar os animais a consultas de rotina com um profissional da medicina veterinária para auxiliar no diagnóstico e tratamento precoce de doenças do coração.
Medir a pressão arterial, por exemplo, é um procedimento simples que deve ser realizado de maneira periódica. Com esse exame não é invasivo, é possível suspeitar se um pet pode ter algumas doenças.
Com isso, é possível retardar o desenvolvimento da doença e tratá-la de forma mais rápida e eficaz.