Doenças respiratórias e oftalmológicas acometem pets no outono3 min de leitura

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Médicos-veterinários alertam sobre cuidados especiais durante a estação

O outono se inicia no Hemisfério Sul e o clima chuvoso e quente do verão dá lugar a temperaturas mais amenas e o ar mais seco, devido à baixa umidade. Assim como seus tutores, os animais também precisam de cuidados especiais para não sofrerem com as mudanças climáticas e serem acometidos pelas doenças mais comuns à estação: gripes, bronquites e conjuntivites. Pets idosos podem ser afetados ainda por dores articulares.

Segundo o médico-veterinário Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), no outono há alta incidência de doenças respiratórias, como bronquites, devido a diminuição, muitas abrupta, de temperatura e a redução da umidade do ar. “Os animais ficam mais suscetíveis, principalmente os mais idosos. É responsabilidade do tutor observar o comportamento do pet e ajudá-lo a passar com mais conforto e saúde por esse período”, afirma.

Também integrante da Comissão do CRMV-SP, a médica-veterinária Carolina Filippos, ressalta que é preciso manter os animais bem hidratados, aumentando a oferta de água limpa e filtrada. “É indicado ainda a utilização de umidificadores de ar no ambiente e que sejam evitadas atividades físicas nos dias mais secos ou em locais próximos de vias de grande circulação.”

Marzano destaca a importância dos animais estarem com a vacinação em dia, a fim de prevenir viroses. No caso dos cães, vacinas como a da gripe e a múltipla V8 são essenciais.

Nessa época do ano, os pets, em especial os idosos, podem ser acometidos também por problemas articulares, como dor na coluna, artrose, dificuldade para se levantar ou andar. “É necessário adotar outras precauções, como mantê-los aquecidos, levá-los para passear em horários mais quentes e evitar banhos no frio”, complementa o presidente da Comissão.

Carolina recomenda ainda que o animal, mesmo agasalhado, não durma em locais com correntes de vento ou exposto ao sereno noturno. No caso dos pets que costumam dormir fora de casa, uma solução é forrar o local com jornal ou cobertor.

A médica-veterinária alerta ainda para as alterações oftálmicas comuns nesse período do ano e a importância da higiene da região dos olhos dos animais. “O ar seco reduz a quantidade de lágrimas produzidas, deixando-os mais vulneráveis à poluição, aos vírus e às bactérias, podendo acarretar em olhos avermelhados, coceira e secreção.”

Os profissionais recomendam que, assim que o tutor perceber que o pet está sofrendo com a mudança do clima e apresentando alguma alteração de comportamento, deve levá-lo ao médico-veterinário para avaliação. “O diagnóstico precoce de uma doença possibilita um tratamento mais rápido e eficaz da doença”, enfatiza Marzano.

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