Quero levar meu pet para o Canadá, o que eu faço?6 min de leitura

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Companhia aérea, certificado de vacinação e regras de cada província são pontos importantes para se planejar bem

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Escolher o destino de uma viagem é a parte mais fácil de todo o planejamento de férias ou intercâmbio. Porém, quando a viagem envolve um animal, é preciso ter calma e atender a todas as exigências. O Canadá é um país extremamente rigoroso e cada província tem suas regras. Mas, não pense que é um problema levar seu animalzinho para o Canadá, muitas províncias amam pets e podem, inclusive, andar em transporte público – principalmente em Toronto – desde que portem guias. As regras são claras e fiscalizadas pelo Canadian Food Inspection Agency (CFIA), que dispõe de um Programa Nacional de Saúde Animal.  Vale a pena uma leitura!

Então, antes de apertar os cintos, leia atentamente cada dica, preparada pela Canada Intercâmbio, para que não haja surpresas e desgaste na hora do embarque e quando estiver lá.

Para começar, antes mesmo de comprar a tão sonhada passagem, ligue para a companhia aérea para se informar de suas restrições. Por exemplo, as raças de cães de focinho curto não são aceitas, porque podem ter problemas respiratórios e animal pode ir a óbito); raça Pit Bull não é permitida em algumas províncias como a de Ontário; para viajar com animais de grande porte é aconselhável buscar uma empresa especializada no assunto. Verifique o peso máximo por pet, medidas da caixa ou bolsa, entre outros, inclusive, o limite de animais por voo. Outros detalhes importantes: os animais ao entrar no Canadá não precisam de quarentena; os órgãos de fiscalização não permitem a entrada de ração  proveniente de outros países; gatos pequenos podem viajar a bordo ou será direcionado ao compartimento de carga adequadamente quando ultrapassar o peso de 10 kg.

Procure comprar voos mais curtos com mais conexões e intervalos maiores. Desta forma, terá tempo de pegar seu animalzinho, com calma, levá-lo para beber e comer, fazer xixi e dar uma volta para desestressá-lo.

O próximo passo é verificar a carteirinha de vacinação que deve estar impecável, ou seja, com todas as datas válidas, número de série e período de imunização. A mais exigida pelos canadenses é a antirrábica (sem ela não é possível efetivar a viagem). Detalhe importante, a dose deve ser aplicada com pelo menos dois meses antes do embarque. Peça para seu veterinário emitir um atestado médico, relatando a saúde do pet (se possível em dois idiomas: português e inglês).

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O documento exigido para imigração se chama Certificado Zoossanitário Internacional (CZI). Para conseguir este documento, ligue para o órgão emissor, ou seja, para o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) – que possui postos de atendimentos em todos os aeroportos do Brasil – agende um horário e no dia, leve o atestado médico, carteira de vacinação e um formulário preenchido. O atestado deve ter validade de 10 dias (antes do embarque). Há pessoas que conseguem o atestado com 48 horas de antecedência do voo, mas é melhor não arriscar.

Chegou o dia de embarque – Não se esqueça de toda documentação do bichinho e seu cartão do banco para pagar a taxa no ckeck-in. O preço vai depender de cada companhia aérea e onde o animal será acomodado (na cabine ou compartimento de carga).

Desembarque: Novamente, esteja com todos os documentos em mãos para entregar aos agentes de imigração. Para ingressar no país é cobrada uma taxa + impostos.

Agora, já em terras canadenses, é hora de pensar em outros detalhes: adaptação do animal com o clima e, principalmente, com sua saúde. Só uma dica, os serviços veterinários no Canadá são caros, então é melhor fazer um seguro saúde para seu pet.

Habitação: Mudar de país, seja por um tempo determinado ou definitivamente, não é uma tarefa fácil. Mas se tudo for planejado, as chances de acontecerem imprevistos são mínimas. Vamos lá. Primeira dica importantíssima. Antes de perder tempo em ver tal apartamento ou casa, ligue para o agente para saber se aceita animal ou não e quais as condições e regras impostas pelo proprietário.

No Canadá, a regra é diferente para cada província ou território na hora de alugar um imóvel. Por exemplo, na região de British Columbia, o proprietário pode restringir o tamanho, tipo, quantidade e até proibir o animal de estimação (desde que esteja no contrato) ou aceitá-los e solicitar um depósito de segurança. Em Quebec, o pet pode ser impedido, mas não existem regras sobre a cobrança do depósito de segurança. Em Toronto, é preciso que você conheça a Lei de Locação Residencial. Na província, não permite que os proprietários incluam cláusulas de “não animais de estimação” no contrato de aluguel. Portanto, em geral, se torna mais fácil ter um animal de companhia nas locações.

Mas, o proprietário pode solicitar o cancelamento do contrato ou despejo do animal, caso esteja fazendo muito barulho, danificando a unidade, causando reações alérgicas a outras pessoas ou é considerado muito perigoso.

Porém, mesmo com todas estas exigências, ainda é possível conversar com o proprietário para tentar negociar a proibição do animal. Para isso, é bom ter um relatório de veterinário atestando a boa saúde e os comprovantes de vacinações atualizados, além de mostrar que você se preocupa com a limpeza do local e do seu pet. Se for o caso, ofereça para levar seu animal, para que o agente ou proprietário o conheça. Para Rosa Maria Troes, fundadora da Canadá Intercâmbio, é preciso ter cuidado com os acordos verbais. “Se o proprietário aceitar a negociação e permitir que o animal fique no imóvel durante a estada do inquilino, é muito importante que exista uma cláusula no contrato especificando o que foi conversado, para que não haja nenhum problema futuro. Veja se é necessário um depósito mensal para custear futuros danos causados pelo seu animal”, explica.

Agora, se o inquilino violar as leis, o problema pode ser grande. Caso isto ocorra, o proprietário pode dar ao inquilino uma “carta de violação” que explica como o contrato foi quebrado, quanto tempo é permitido para remover o animal e o que acontecerá se não for retirado. Em muitos casos, o despejo é solicitado ou exigido que o inquilino cumpra à risca o acordado.

Com um pouco de pesquisa e um bom planejamento, a viagem pode ser bem aproveitada com a companhia do pet e render ótimas memórias em um país diferente.

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