Verticalização das cidades e despesas menores estão entre os motivos da escolha, mas é importante considerar os cuidados específicos que pets pequenos exigem
Os pets são parte da nossa vida e, para a maioria das pessoas, integrantes da família. Segundo o IBGE, hoje, 65 milhões de lares brasileiros possuem algum animal de estimação, superando o número de crianças.
Com o fenômeno da verticalização e a diminuição da metragem dos apartamentos, a procura por cães de porte mini ou pequeno (que não ultrapassam os 10kgs quando adultos) é cada vez maior. Com ou sem raça definida, os futuros tutores tendem a optar por um cão que se adeque ao seu estilo de vida.
Uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência, encomendada pelo Instituto de Pesquisa WALTHAM®, principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets, mostra que 49% dos entrevistados têm um cão pequeno. Observou-se, ainda, que o custo para manter cães de pequeno porte (como alimentação e higiene) é menor. A pesquisa também destaca que 64% dos cães dos entrevistados dormem dentro de casa, sendo 77% deles de porte pequeno e que 58% dos pets (cães e gatos) adquiridos são de raça e têm certificado.
Mas é preciso atenção: não é pelo tamanho que os cuidados com cães de pequeno porte devem ser menores. Relacionada à baixa ingestão de água e à considerável propensão à retenção urinária, cães pequenos são predispostos à formação de cálculos urinários. Por apresentarem um trato gastrintestinal maior, quando comparado com cães de médio e grande porte, apresentam, ainda, maior reabsorção de água intestinal que, adicionado ao menor tempo de trânsito colônico e menor fermentação no cólon, faz com que as fezes de cães pequenos sejam mais ressecadas e os quadros de constipação mais frequentes.
Os pequeninos também são conhecidos pelo apetite caprichoso, ou seja, são naturalmente mais exigentes no que se refere à palatabilidade do alimento. Isso se deve ao fato de apresentarem um número significativamente inferior de células olfatórias (aproximadamente 60 a 80 milhões) quando comparados com cães de grande porte (aproximadamente 150 a 200 milhões). Com o olfato menos apurado, cães pequenos apresentam maior nível de exigência alimentar, necessitando de alimentos muito atrativos.
Esses pets apresentam, também, pouco espaço na mandíbula e dentes mais próximos uns dos outros, favorecendo a proliferação de bactérias e formação da placa bacteriana que, se não removida, irá se calcificar formando o cálculo dental, popularmente conhecido como tártaro.
Outra característica conhecida dos cães pequenos é bastante positiva: a expectativa de vida dos cães desse porte é maior que a dos demais tamanhos, podendo ultrapassar os 20 anos de idade. Cães pequenos são considerados filhotes até 10 meses de idade e seu envelhecimento possui duas fases: aos 8 e aos 12 anos.
“Oferecer alimentos que considerem as diferenças entre os portes de cães é fundamental para a máxima precisão nutricional e digestibilidade, além de contribuir com a qualidade de vida e longevidade. Abordar e atender as particularidades dos cães pequenos de forma intencional na formulação do alimento trará benefícios adicionais contribuindo com a saúde e bem-estar” afirma Luciana Peruca, Coordenadora de Comunicação Científica da ROYAL CANIN® Brasil, empresa da Mars que é referência em Nutrição Saúde para gatos e cães.
Veja aqui o ranking das 5 raças mais registradas no Brasil em 2016, segundo a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC):
1º – Buldogue Francês |
2º – Shih Tzu |
3º – Yorkshire Terrier |
4º – Spitz Alemão Anão/Lulu da Pomerânia |
5º – Pug |
Sobre a pesquisa feita pelo IBOPE Inteligência
A pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo que a qualitativa foi feita com 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos, divididos em três grupos: donos de cães, donos de gatos e não possuidores – com intenção de ter um pet nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.
A etapa quantitativa tem uma base de 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal entre os dias 25 de junho a 17 de julho de 2015. A margem de erro da pesquisa é de 6 pontos percentuais por segmento e de 3 pontos percentuais no total da amostra.